Minha ex-chefe é a cara de São Paulo. Não adianta, São Paulo para mim são os longos almoços com ela, as horas e horas de conversa sobre a vida, sobre o trabalho e sobre estranheza - uma peculiar e muito curiosa afinidade que temos: o estranhamento que o mundo nos desperta (e, claro, que certamente despertamos no "mundo").
Não sei, pela primeira vez tive uma sensação boa ao desembarcar em SP, de voltar para a casa, o que não faz o menor sentido já que eu nunca morei aqui (exceto por 30 dias a trabalho, muito trabalho, portanto sem gosto de "morar").
Só depois de rever a Cuca que eu me dei conta: não foi a cidade, foi a possibilidade de rever tantos amigos queridos. Que coisa.
Sunday, August 5, 2007
Sao Paulo
"Arremeter"
Muito antes do acidente com o airbus da TAM colocar um contexto novo para o uso do verbo "arremeter" no meu vocabulário, tive o desprazer de estar em uma aeronave que, durante um ventaval no RS, "arremeteu" na tentativa de pousar.
Eu, na época, não sabia que isso era arremeter, mas soube na hora que era algo ruim. Foram uns 20 minutos de tensão entre os passageiros e silêncio da tripulação. O avião pousou e eu nunca mais pensei a respeito.
Então o avião caiu. E eu detesto pensar como as pessoas sentiram os minutos, segundos, antes do choque.
Então voar no Brasil virou algo estranho, tenso.
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