Wednesday, October 31, 2007

Baby Bá

Ao rever amigos que moram aqui e, depois de alguns anos, começavam a misturar frases e palavras em inglês nas conversas em português, eu pensava "ah, ele não pode ter esquecido como se diz isso, que esnobe".

Pois bem, com dois meses nessa cidade bilíngue, comecei não a misturar um idioma com minha língua natal, mas DOIS. E, pior, essa confusão se estende ao meu texto. Nos e-mails e messengers, passam acentuações e construções bizarras.

E, pior, agora já se vão 13 meses...

E por falar em festa estranha com gente esquisita...

Sim, boa parte do pessoal da firrrrma estava a rigor para o almoço (lembra das merendas comunitárias da escola?) que celebrou o Halloween, eu inclusive. Quer dizer, não totalmente a rigor, mas com alguns acessórios.

Foi divertido, apesar do quórum não ser completo. Cambios rolando, o clima não está lá essas coisas e algumas pessoas usaram o momento para demonstrar que não, não há motivos para confraternizar. Compreensível e um pouco sad.

Festa estranha com gente esquisita, de novo

Veja Dexter, seriado bizarro que passa no Showtime. Totalmente politicamente incorreto, imoral e engorda (afinal é 1h de imobilidade).

Mas não dá para parar de ver. This is America.

Damn it!

Voltei a ter mãos de teenager... Voltei a roer unhas até tornar o processo de digitação uma experiência penosa e dolorida. Maldita ansiedade.

Amadurecer é...

Aceitar que não dá para impressionar todo mundo.

Nas longas conversas que eu costumava ter com meu irmão mais velho quando morávamos na mesma casa, me lembro de uma que acabou virando uma das minhas regras pessoais. O assunto era seu perfil um tanto carente, quando ele largou as bases da minha máxima, que foi mais ou menos assim: "o que a gente quer é ser gostado. Por isso eu só gosto de quem gosta de mim".

Cada vez que me deparo com aquelas desagradáveis situações, quando alguém que você mal conhece acha que pode te julgar e desperta o que você tem de pior, eu repito que eu gosto de quem gosta de mim.

Não dá para agradar todo mundo - e existe um limite do quanto a gente pode ceder sem abrir mão de aspectos que, no final das contas, determinam a nossa individualidade ou são aquilo que nos fazem "unique".

Veja bem, não defendo o bloco do eu sozinho, mas sempre acreditei nas relações "de pele". Você sabe se "fit" ou não em dois palitos, a diferença é o tempo que leva para aceitar o que no íntimo já sabe que é fato. Decidi apostar mais na intuição.

Steve Jobs Rules

Não sei se é a Apple que me faz gostar do Steve Jobs ou o contrário, mas o fato é que eu acho muito legal ele ser o CEO da companhia (ainda que óbvio, colocá-lo como CEO resume o que a Apple quer que a gente pense dela - e me refiro ao perfeccionismo, certa extravagância e capacidade de inovar, e não à excentricidade, temperamento tempestuoso e ego).

Bom, depois de muito namorar um Blackberry, comprei um Iphone.



5 coisas MUITO legais sobre o brinquedinho:
1. Safári. Navegador muito simples, adequado ao tamanho e ao modo como se usa o aparelho.
2. Touch screen.
3. Conexão. Aqui funciona MUITO bem mesmo sem wireless (e reconhece as redes sozinho)
4. Tamanho/peso.
5. Teclado virtual (definitivamente pensado por quem usa o produto - alguém sabe por que às vezes é tão difícil definir um produto de acordo com o uso REAL que se faz dele?)

5 coisas que precisam melhorar:
1. O funcionamento como telefone. Definitivamente ser um telefone não é a vocação do brinquedinho.
2. Gestão do Ipod desconectada do browser (deveria ter um atalho).
3. Falta de instant messenger (SOS up-date de software com solução, Mr. Jobs!).
4. Bateria (dura, em média, um dia).
5. Não faz vídeo.

Ainda não explorei o suficiente para definir uma opinião:
- e-mail
- câmera fotográfica

Sei lá, antes / durante / depois (afinal é uma indulgência que pesa no bolso) de comprar o brinquedinho li vários reviews e artigos e tendo a concordar que não dá para não ver o aparelho como uma nova revolução de comportamento. O meu já mudou - pessoal e profissional. Afinal, que tal começar o dia ainda no elevador de casa ou na fila do café? E não precisa ser CDF: se não for com a leitura de jornais ou checagem de sites, simplesmente atualizando o perfil no Facebook ou fazendo uma busca qualquer. O aparelho é sensacional, vale cada cent.

Ah, e outra coisa que eu gosto no Mr. Jobs: a segunda das 12 regras de sucesso (como todo CEO-showman-gênio-da-inovação que se preza, ele faz discursos auto-ajuda sobre superação pessoal) é a seguinte: "Be different. Think different. "Better be a pirate than to join the navy."

Você é o que os outros vêem?


Na nova temporada de Nip / Tuck, Sean and Christian são dois "novos" cirurgiões plásticos em L.A., que precisam captar (ou cooptar, para quem conhece o seriado) novos clientes numa cidade onde todo mundo já é botocado, retocado, turbinado etc, e cirurgiões plásticos dão mais que chuchu em cerca.

Em um seriado no qual já se viu de tudo, literalmente (alguém esqueceu da Ava ou do "The Carver" ou do roubo de rins ou de tantas outras bizarrices envolvendo sexo, comportamento doentio ou apenas as fraquezas da natureza humana?), não dá para imaginar o que esperar dessa temporada.

Mas os primeiros episódios são interessantes. Nosso galãs partem para L.A., com seus currículos recheados de achievements (cirurgias inovadoras, novas técnicas, milagres plásticos), seus ternos bem-cortados e sapatos sob medida e a elegância do ego bem intencionado. O que encontram? Um círculo fechado, preconceito (miami's wanna be) e total desinteresse em qualquer-que-seja-a-coisa-relevante-que-você-um-dia-possa-ter-feito. Ou seja, têm de provar tudo de novo.

Qualquer semelhança com a vida real é pura coincidência.

Nada contra o contínuo exercício de se provar, acho que tem seu valor e ajuda a manter o espírito alerta. Mas por que diabos as pessoas tem tanto medo do que é diferente? Boring people.

Tuesday, October 30, 2007

Trick or treat



Oh my god, amanhã tem Halloween na firrrrma. Fomos todos convocados a tirar o pó da fantasia e "confraternizar" (desde que o vestuário escolhido seja "suitable for work environment").

Charming shoes



Muito charmosas as melissas coloridas com bolinhas brancas. Ganhei uma preta (e um elogio no elevador na primeira vez que usei). Bonitas, modernas, práticas e confortáveis. Nunca me dei bem com sapatos de borracha, mas o material é macio, não tem nem dá cheiro e é fácil de limpar. Excelente investimento para quem acha que sapatos, mais que itens necessários, são acessórios capazes de definir um visual.

Como eu odeio...

... a máxima de dois pesos, duas medidas. Isso não é atitude de indecisos, mas sim de injustos.